Quarta-feira, 2 de Março de 2011 - 10:13:23 P.M.
Ubiratan Ferrari Bonino
boninoconsultoria@gmail.com
www.diariocomercial.com.br/colunas
Entrevista com Monica Nascimento - Coordenadora do Instituto ASSERJ
O que é a ASSERJ?
A ASSERJ - Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro é a entidade que congrega o setor supermercadista no Estado. A ASSERJ começou com um pequeno número de associados e hoje dela participa a grande maioria das empresas de supermercados do Estado. Qual é o seu papel dentro do setor supermercadista? Além de representar e defender os interesses das empresas supermercadistas há mais de 40 anos, a ASSERJ oferece uma série de serviços a seus associados tais como consultoria e assessoria jurídica e tributária - mantendo um permanente contato com os órgãos governamentais, em todas as esferas, de forma a manter seus associados sempre atualizados. O IAAG-Instituto Asserj de Administração e Gerência - com o objetivo de funcionar com uma educação continuada a fim de profissionalizar cada vez mais o setor, oferece cursos e palestras com temas diretamente relacionados com as atividades do setor e de interesse nacional. Anualmente, a ASSERJ realiza a Super Rio Expofood, um dos maiores eventos de negócios do país. Nesse evento, além da exposição de produtos, serviços, equipamentos e tecnologia para o setor, também são oferecidas palestras, cursos e debates para os supermercadistas de todo o Estado e do Brasil, que lá se encontram para trocar informações, adquir novos conhecimentos e realizar negócios.
Quais são os principais desafios que os varejistas vivem hoje na gestão dos seus negócios?
Existem vários, como a sustentabilidade devido à concorrência acirrada, a mensuração da produtividade X homem, a preocupação do impacto das suas operações no meio-ambiente etc, contudo a perda nos supermercados hoje é o grande vilão. Estas ocorrem das mais variadas formas, desde problemas no cadastro de produtos, exposição dos itens, passando por uma mercadoria que cai no chão e quebra, até outra degustada dentro da loja, a quantidade de itens diferentes com prazos de validade à venda, a quantidade de produtos perecíveis e até in natura, a cultura do desperdício, que faz parte da vida de muitos brasileiros e que acaba invadindo as empresas, gerando programas internos de Prevenção de Perdas. Todas as situações que fazem com que um produto comprado não chegue às mãos do consumidor final. A operação de uma loja é complexa e exige da gestão muita atenção e conhecimento.
Como foi a rotatividade em 2010 no segmento?
A rotatividade do segmento ficou com a média de 5.8. Programas de retenção e endomarketing, planos de carreira entre outros tentam diminuir esse percentual.
De uma maneira geral você acha que os supermercados estão mais preocupados hoje em treinar seu pessoal?
Com certeza os supermercados evoluíram com as mudanças na sociedade que ficou mais conscientizada dos seus direitos e do seu poder de compra. A competitividade do setor exige das empresas um serviço cada vez mais diferenciado. E isso, indiscutivelmente, envolve pessoas e formação.
Quando falamos de supermercados, qual é o maior erro que você ainda vê na gestão de pessoas?
Não diria erro, mas acredito que as empresas deveriam, além do que já é feito, investir mais em educação e treinamento. Treinar: transmitir a informação e o conhecimento sobre a filosofia e missão da empresa, assim como a operação e os procedimentos corretos e, principalmente, investir maciçamente nas lideranças.
